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Foto do escritorDa Reportagem

Olivo Tormes é homenageado pela Câmara com a denominação do Centro de Atendimento ao Turista (CAT)


O Centro de Atendimento ao Turista (CAT), localizado no Bairro Jardim Shangri-lá, receberá o nome de ‘Olivo Tormes’ em homenagem ao cidadão falecido em 2020. A nominação proposta através do Projeto de Lei (PL nº 13/2023), de autoria do Poder Legislativo, foi aprovada durante a 13ª Sessão Ordinária, realizada nesta terça-feira, 02 de maio.


No texto, o vereador proponente Romer Japonês (PV) ressalta a contribuição de Olivo Tormes a comunidade, trabalhando com sonorização volante por 14 anos.



“Considerando que o Sr. Olivo de Almeida Tormes chegou ao Município, no ano de 2006 e trabalhou com serviços de sonorização e ainda hoje, temos a família Tormes, ativa na imprensa, contribuindo com a comunicação local, é com muita honra que promovemos essa justa homenagem, nominando oficialmente o espaço de Olivo de Almeida Tormes”.


A matéria tramitou em segundo turno, sendo aprovada por unanimidade, 12 votos favoráveis. Concluído o processo de votação o projeto segue para sanção do Executivo, e se torna vigente, após a publicação no Diário Oficial do Município. Confira a biografia de Olivo Tormes.

BIOGRAFIA

Olivo de Almeida Tormes nasceu no dia 20 de novembro de 1940 na cidade de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, antigamente conhecida como Horizontina.


Filho de Lídia Vargas de Almeida e Basílio Francisco Tormes, ele é o primogênito da família e tem outros três irmãos, além de outros 13 do primeiro casamento do pai Basílio Tormes. Porém, dentro desta grande família, Olivo tem ainda um outro pai. Aos 65 anos ele descobriu que seu tio, Dirceu Gomes de Almeida, era verdadeiramente seu pai. Desta inusitada história de família, além de ganhar dois pais, Olivo ganhou também mais cinco irmãos do lado do pai biológico, totalizando 21 irmãos.


Seu Olivo, como era conhecido, passou a maior parte da sua vida nos Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná, onde trabalhou em diferentes atividades e constituiu sua família ao lado da esposa, Erna Maria Knebel. Eles se casaram no dia 29 de julho de 1961.


Após o casamento muitas foram as mudanças. Moraram em Criciumal (RS) por pouco tempo se mudando para Capanema (PR), morando de 1961 até 1963. Neste período nasceu Venildo Tormes, em 19 de fevereiro de 1962 e Evanir Tormes (Mano) em 28 de março de 1963. Já em 1 de Setembro de 1965 mudaram-se para Capitão Leônidas das Marques (PR) onde permaneceram até 12 de outubro de 1985. Lá nasceram Airton Tormes (8 de Setembro de 1966), Roseli Tormes (21 de março de 1969) e Elizanara Tormes (13 de maio de 1972).


Já em 12 de outubro de 1985 mudam-se para Cuiabá, morando 21 anos na Capital de Mato Grosso. Finalmente mudaram em 4 de março de 2006 para Tangará da Serra.


Porém, sua história com Mato Grosso, especialmente com Tangará da Serra, começa bem antes que 1985, mais especificamente em 1979. Ele pleiteou uma emissora de rádio aqui em Tangará da Serra em 1979 e em 1980 entrou com pedido de licitação de um canal de emissora de rádio. Fez todo o processo, porém, não ganhou a emissora, que por anos foi a Rádio Pioneira.


Ele contou que ouviu falar de Tangará da Serra através de amigos que também moravam no Paraná e vieram para o Mato Grosso atrás de Terras. “Eu fui o segundo [dos amigos] que veio para cá em 1979. Comprei uma área de terra em Campo Novo do Parecis, 2.420 hectares, onde a gente construiu um galpão, compramos um trator e depois por força da natureza, dos acontecimentos, vendi. Não conseguiu tocar as coisas no Paraná e aqui, então vendi”, conta, em uma entrevista. “E de repente, por motivo de negócios, resolvemos morar em Cuiabá. Porém sempre tivemos essa ligação com Tangará da Serra e a família está continuando”.



Da roça a sonorização volante



Mesmo tendo estudado somente até o quarto ano do ensino primário, Olivo de Almeida Tormes tinha uma inteligência e percepção de mundo extraordinária.


Ele começou a trabalhar com 12 anos na roça: carpindo, roçando, lavrando junta de boi [é o nome popular dado a uma dupla de bois utilizados para desenvolver trabalhos de tração em atividades rurais].


Aos 21 anos foi morar no município de Crissiumal, ainda no Rio Grande do Sul, onde continuou trabalhando na roça, plantando fumo de galpão (produção de tabaco) até ir morar em Capanema, no Paraná.


Nesta época ele já estava casado com Dona Erna, ocasião em que mudou de atividade, iniciando no ramo do comércio de tecidos e confecções. Tiveram alguns comércios até que em 1º de setembro de 1965 foram morar em Capitão Leonidas Marques, onde trabalharam com salão de baile, loja de disco, cinema por 18 anos e 10 anos de emissora de rádio, a Rádio Havai, que funciona até hoje.


Após isso, em 1985, o casal e os filhos (que estavam quase todos casados) se mudaram para Cuiabá, em Mato Grosso, onde montaram mercados em diferentes bairros, assim como Olivo e Erna Tormes construíram o Hotel Cascavel, empreendimento que tocaram sozinhos por 17 anos. Depois vieram para Tangará da Serra, onde trabalhou com sonorização volante por 14 anos.


Além de todos esses trabalhos, Olivo Tormes tinha ainda como hobby a música. Ele tocava violão elétrico e bateria. Tinha um conjunto, um trio e uma dupla de música que animavam bailes. Nesse período chegou a tocar na Argentina, Três Passos, Santa Rosa, Horizontina, Crissiumal.


Olivo Tormes morreu em 21 de dezembro de 2020, aos 80 anos, por complicações ocasionadas após cirurgia para retirada de pedras na vesícula. Ele deixou esposa e filhos, 10 netos e sete bisnetos, além de um grande legado e muitos amigos.

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