O promotor plantonista Felipe Augusto Ribeiro de Oliveira ofereceu denúncia à Vara Criminal da Comarca de Tangará da Serra contra o jornalista Lucas Vieira do Nascimento, pelos crimes de lesão corporal, perseguição (causar dano emocional), com implicações da lei de violência doméstica contra a mulher. Lucas é acusado de agredir sua companheira Katrine Gomes da Conceição por ciúmes.
Lucas Ferraz foi preso em 21 de dezembro de 2022. A defesa pediu revogação da prisão preventiva e, sem julgar o mérito, o recurso foi negado pela Justiça.
Em documento assinado nesta segunda-feira (2) o promotor citou que as agressões iniciaram em uma festa, motivadas por ciúmes, e continuaram até depois, quando o casal já havia retornado para casa.
Na denúncia o promotor também diz que Lucas coagiu a vítima a mudar a versão dos fatos, mas as provas e depoimentos de testemunhas atestam a agressão.
“O Ministério Público Estadual denuncia Lucas Vieira do Nascimento como incurso nas sanções do artigo 129 [...] do Código Penal (FATO 01); c/c artigo 147-B [...] do Código Penal (FATO 02), na forma do artigo 69 do Código Penal, com as implicações da Lei Federal nº 11.340/06 [violência doméstica]”.
O representante do Ministério Público também se manifestou contra o pedido da defesa, para revogação da prisão preventiva, alegando que houve tentativa de coação.
“Além da gravidade em concreta do delito, consubstanciado em sessões de espancamento contra a sua então companheira, há fundados indícios de que Lucas Vieira do Nascimento constrangeu a vítima a falsear a verdade em seu depoimento judicial e junto à comunidade, tudo com o propósito de diminuir sua responsabilidade criminal”.
O caso
Na denúncia o MP relata que no dia 17 de dezembro de 2022 Lucas e Katrine estavam em uma confraternização e no decorrer da festividade o jornalista teria ficado com ciúmes da companheira, por crer que ela estava flertando com outro homem.
Ainda na festa Lucas teria desferido socos no rosto de Katrine. Em seguida eles foram embora para casa e no trajeto ele teria continuado a espancar a vítima, provocando marcas no rosto e nos braços.
Já na residência Lucas agrediu Katrine novamente com socos no rosto e também teria pegado uma faca, sendo que tentou golpeá-la na barriga. A vítima conseguiu escapar, pegou chaves do carro e fugiu do local.
As investigações apontaram que, após a repercussão do caso, Lucas teria passado a violentar psicologicamente Katrine, constrangendo-a a dar uma versão falsa, além de orientá-la a se passar por pessoa com problemas psiquiátricos, para justificar que as marcas no corpo tinham sido causadas por ela mesma, se autoagredindo.
A vítima foi ouvida dois dias depois na Delegacia, ocasião em que apresentou a versão falaciosa, dizendo que possui graves crises de ansiedade e ataques de pânico, que fazem com que ela se autolesione. No entanto, a versão dela vai contra o que aponta o exame de corpo de delito, bem como os depoimentos de testemunhas que estiveram com ela na festa e após as agressões.
Fonte da Notícia: Gazeta Digital
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