Projeto de vereador proíbe uso de linguagem neutra em escolas municipais de Tangará da Serra
- Redação Plantão TGA
- 8 de mar. de 2022
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Tramita na Câmara Municipal de Vereadores de Tangará da Serra um projeto de lei que já tem gerado polêmica e deverá gerar ainda mais. De autoria do vereador Fábio Brito, conhecido como Fabão, o projeto de lei ordinária Nº 03/2022, proíbe o uso da linguagem neutra pelos estabelecimentos municipais de ensino e pela administração pública em documentos e atos oficiais.
"Fica vedado o uso da "linguagem neutra", do "dialeto não binário" ou de qualquer outra que descaracterize o uso das normas cultas pelos estabelecimentos municipais de ensino (...) primando-se pelo ensino escurreito da língua portuguesa", diz trecho do projeto de autoria de Fabão.
Na linguagem neutra ou linguagem não-binária, substitui-se os artigos feminino e masculino por um “x”, “e” ou “@”. A palavra “todos” ou “todas”, por exemplo, na linguagem neutra ficaria “todes”, “todxs” ou “tod@s”. Menino e menina por exemplo são substituídos por menine.
O projeto de Fabão ainda proíbe a utilização de linguagem neutra em todos os documentos oficiais, editais de concurso público, e em ações culturais, esportivas, sociais e publicitárias do poder público municipal.
A violação do projeto, caso seja aprovado pela Câmara e sancionado pelo prefeito, prevê sanções aos servidores da educação, para as escolas e para o próprio poder público.
O projeto ainda será votado nas próximas semanas, mas já divide opiniões.
Legislação
Em Rondônia, a lei nº 5.123 proíbe o uso de linguagem neutra na grade curricular, materiais didáticos das escolas públicas e privadas de Rondônia e editais de concursos públicos. Há também leis do tipo no Mato Grosso do Sul, em Joiville (SC) e um projeto de lei federal em tramitação na Câmara Federal.
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