Acidentes com motocicletas correspondem a 73% dos gastos do SUS em MT; em Tangará da Serra acidentes envolvendo motos virou rotina diária
- Da Reportagem

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Os acidentes envolvendo motocicletas são responsáveis por quase 73% de todos os gastos do SUS em Mato Grosso com internações por acidentes de trânsito, conforme levantamento do jornal A Gazeta. Dados do Ipea, com base no DataSUS, apontam que, do total de R$ 5,17 milhões gastos no estado no último ano, R$ 3,75 milhões foram destinados a atendimentos de motociclistas, o que representa 72,56% da despesa. O percentual é maior que a média nacional (57,91%) e coloca MT entre os estados mais impactados por esse tipo de ocorrência.
Em Tangará da Serra, a realidade não é diferente. Praticamente todos os dias são registrados acidentes de trânsito envolvendo motocicletas. As ocorrências viram manchetes em sites de notícias e circulam com frequência nas redes sociais, mobilizando uma grande estrutura pública: hospital e UPA, com altos custos médicos, além do SAMU e Corpo de Bombeiros no resgate das vítimas. Também entram na conta os gastos com segurança e investigação, envolvendo Polícia Militar, Polícia Civil e Politec.
Especialistas apontam que o crescimento acelerado da frota de motos, aliado à imprudência, excesso de velocidade e falhas pontuais de infraestrutura, contribui para o aumento dos acidentes. O impacto vai além do atendimento hospitalar: há afastamentos do trabalho, processos de reabilitação e, em muitos casos, sequelas permanentes para as vítimas.
Para o coordenador de Operações Integradas da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Segurança Pública de Cuiabá, Marcel Lopes, o principal problema está no comportamento. “Nenhuma obra viária ou ação de fiscalização consegue compensar escolhas inseguras”, afirma. Segundo ele, a fiscalização tem sido reforçada e o sistema viário passa por adaptações graduais, mas a redução dos acidentes depende, sobretudo, da conscientização e do respeito às regras de trânsito por parte dos motociclistas.








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