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Fios em desuso retirados dos postes de Tangará dariam para chegar até Kiev, capital da Ucrânia — ou ir e voltar de Nova Iorque


Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Imagine uma linha que parte de Tangará da Serra e vai até Kiev, capital da Ucrânia (país em guerra com a Rússia) — uma distância de mais de 11 mil quilômetros, atravessando oceanos e fronteiras. Pois é, a quantidade de fios e cabos obsoletos retirados dos postes da cidade desde o início do ano daria para ir até lá… e ainda sobrar uns quilômetros para passear pela Europa.


Segundo levantamento da Energisa, já foram 881 quilos de fios removidos das ruas do município, o que corresponde a mais de 13 mil quilômetros de cabos que deixaram de representar perigo para os moradores. Essa mesma distância daria para ir e voltar de Nova Iorque (Estados Unidos).


A limpeza começou em janeiro, quando 140 quilos foram recolhidos. Depois, duas novas operações reforçaram o trabalho: uma em setembro, com 320 quilos retirados, e outra em outubro, que bateu recorde — 421 quilos de fios eliminados das alturas de Tangará.


A operação, realizada em parceria com a Prefeitura Municipal e com provedores de internet e telefonia, vem transformando a paisagem urbana. A maioria dos cabos soltos ou pendurados pertence justamente a essas empresas, que alugam os postes da concessionária de energia.


“O nosso intuito é preservar a vida das pessoas. A vida vem sempre em primeiro lugar”,

destacou Robson Kleber Lima, coordenador de equipes de campo da Energisa, ao jornal Diário da Serra.


Ele explica que parte dos cabos é retirada porque está em desuso, mal instalada ou sem autorização. “Esses que não têm permissão, a gente corta e remove, porque estão irregulares”, reforça o coordenador.


As operações agora passam a ser rotineiras, acontecendo todas as segundas-feiras de cada mês, como forma de garantir a segurança e evitar acidentes com a fiação.


Lima também alerta a população sobre o risco de tentar resolver o problema por conta própria:


“Não se aproxime, não tente tocar. Chame a Energisa, que a gente vai agir para minimizar os riscos”, orienta.


Com as ações contínuas, Tangará da Serra vai, fio por fio, se livrando de um emaranhado que, se dependesse do descuido, poderia cruzar o mundo — mas agora fica onde deve: no chão da segurança e da responsabilidade.

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