Morto a tiros no Sucuri, em Cuiabá, era piloto de moto de aplicativo e fez B.O por difamação antes de ser executado
- Paulo Alves
- 23 de out.
- 2 min de leitura
Daferson relatou que durante o trajeto a passageira teria assediado ele, tocando na região da cintura, e que pediu diversas vezes para que mantivesse o respeito

O motociclista de aplicativo Daferson da Silva Nunes, de 36 anos, havia registrado um boletim de ocorrência na terça-feira (21), alegando ter sido vítima de difamação e ameaças. Segundo o documento, fotos e mensagens com seu nome e rosto circulavam em grupos de aplicativos de conversa, acusando-o falsamente de ter cometido estupro contra uma passageira, de 21 anos.
No BO, Daferson relatou que durante o trajeto a passageira teria assediado ele, tocando na região da cintura, e que pediu diversas vezes para que mantivesse o respeito. Ele encerrou a corrida próximo a uma escola na Avenida Filinto Müller e cancelou o trajeto para não prejudicar a passageira.
Daferson foi encontrado morto na manhã de hoje (22.10), próximo ao Distrito do Sucuri, em Cuiabá. O corpo estava com as mãos e os pés amarrados e apresentava marcas de disparos de arma de fogo na cabeça. Ele era motoboy e havia sido acusado de estupro por uma passageira, mas registrou ocorrência negando o crime.
Passageira denunciada é ouvida na DHPP
A passageira apontada como autora da denúncia de estupro está sendo ouvida na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande (DHPP), na tarde desta quarta-feira (22). Horas antes de ser assassinado, Daferson procurou a polícia para denunciar a mulher, informando que havia sido acusado injustamente pelo crime sexual.
A polícia investiga se o homicídio de Daferson foi motivado por retaliação de numa facção criminosa conhecida por executar desafetos com métodos semelhantes. O caso segue em apuração.
Fonte: Repórter MT








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