Motorista joga carro contra policial e foge de blitz da Lei Seca em Tangará; índice alarmante de embriaguez ao volante preocupa

A 30ª edição da Operação Lei Seca, realizada na madrugada deste domingo (28) em Tangará da Serra, foi marcada por um episódio de violência que quase terminou em tragédia. Um motorista de Fiat Palio prata ignorou a ordem de parada, tentou atropelar um policial militar e fugiu da blitz. O caso foi registrado como tentativa de homicídio doloso.

O incidente aconteceu por volta das 4h30, na Avenida Tancredo Neves. O condutor foi inicialmente parado na fila de fiscalização, mas ao ver uma brecha, acelerou e avançou contra um policial, obrigando os agentes a atirar no pneu do carro. Mesmo assim, ele conseguiu escapar. Até a manhã deste domingo, o motorista seguia foragido. O caso está sob investigação da Polícia Civil.

Embriaguez e irregularidades em alta

Além da fuga violenta, a operação revelou números alarmantes. Em poucas horas de fiscalização, 24 motoristas foram flagrados dirigindo sob efeito de álcool e outros 21 se recusaram a fazer o teste do bafômetro. Ao todo, 20 pessoas foram presas por crimes de trânsito.

No balanço geral, 107 veículos foram fiscalizados, 67 autuados e 47 removidos (13 carros e 34 motos). Foram ainda 162 autos de infração lavrados, incluindo casos de documentação irregular, motoristas sem habilitação, manobras perigosas e desobediência às ordens policiais.

A tentativa de atropelamento de um agente da Lei Seca ligou o alerta entre as forças de segurança. Para a Polícia Militar, a atitude do condutor mostra que o problema vai além da embriaguez: há motoristas que escolhem a violência como saída para escapar da fiscalização.

As autoridades reforçam que a população deve enxergar a operação não como perseguição, mas como medida de proteção à vida. “Não é só multa ou prisão, é evitar que um motorista alcoolizado mate alguém na rua”, destacou um policial envolvido na ação.

Enquanto o motorista fujão não é localizado, o recado da madrugada fica claro: beber e dirigir em Tangará ainda é rotina perigosa — e a Lei Seca segue sendo barreira fundamental contra tragédias anunciadas.