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Polícia Civil investiga suposto caso de abuso praticado por professor contra alunas em Tangará da Serra


Delegado falou com a imprensa sobre o caso. No detalhe, professor denunciado.
Delegado falou com a imprensa sobre o caso. No detalhe, professor denunciado.

Na tarde desta sexta-feira, 22, delegados responsáveis pelas investigações deram coletiva de imprensa falando sobre denúncias de possíveis abusos praticados por um professor em um Centro Municipal de Ensino de Tangará da Serra. o caso envolve o professor José Rosa no CME Antenor Soares.


De acordo com as investigações tudo começou com o registro de uma adolescente acusando o professor de assédio sexual e abuso sexual na escola municipal. Várias vítimas passaram a ser ouvidas pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Tangará da Serra (DEDM).


O delegado Ivan Albuquerque Soares explicou que o depoimento inicial indicou que houve abuso sexual por parte do professor, o que motivou a abertura de novas linhas de apuração: “Então, tudo se iniciou com o depoimento de uma vítima que declarou aqui na delegacia que foi vítima de abuso sexual por parte de um professor. Diante dessa informação, outras vítimas passaram a postar no Instagram e testemunhado em relatar esses fatos praticados por esse professor dessa escola em anos anteriores.”


Conforme Ivan, as denúncias levaram a buscas de vítimas para que comparecessem à delegacia. A delegacia já colheu depoimentos de quase 20 pessoas, adolescentes na época com 11 ou 12 anos, que relataram o assédio sexual. Ele enfatizou que a polícia não está fazendo julgamento ainda: “Diante dessas declarações, que eu representei por busca e apreensão e afastamento exigindo, diante desse professor também tomamos os equipamentos, os celulares, que vão passar por perícia. E a gente convoca essas eventuais vítimas que tenham coragem, que compareçam à delegacia de polícia para relatar o que ocorreu. O depoimento é firme e coeso no sentido do abuso sexual.”


O delegado também comentou sobre o andamento das investigações: o professor foi interrogado, e ele alegou perseguição política por ser filiado a um partido político, o PT. Segundo Ivan, essa alegação não abala a investigação: “Isso não há de prosperar, senhores, porque outras testemunhas e vítimas vieram em relatar o mesmo. Os relatos são coesos no sentido desse abuso sexual.” Ainda segundo ele, os gestores da escola da época e atuais serão chamados para depor, incluindo possíveis responsabilidades de prevaricação por não tomarem providências na época.


Sobre os relatos das vítimas, Ivan descreveu alguns relatos recebidos: uma aluna disse que o professor a chamou para conversar no particular e teria colocado a mão nas coxas; outra relatou que, ao corrigir uma prova, o professor a convidou para sentar no colo dele; outra ainda relatou que ele tentou abraçá-la e alisou as costas. “Esses relatos são no sentido do assédio sexual.” Em relação aos equipamentos apreendidos, ele afirmou que serão encaminhados à perícia para análise, e que, conforme o andamento, mais medidas poderão ser adotadas contra o professor.


Questionado se já houve prisão, o delegado explicou que, no momento, o professor não foi preso. As investigações tratam de relatos que podem envolver períodos anteriores, de dois, três, ou até dez anos atrás. “Esse professor continua na ativa,” afirmou Ivan. Quanto ao número total de vítimas, ele manteve a cautela, dizendo que muitas garotas já relataram, inclusive por via de redes sociais, e que a polícia está buscando ouvir todas as que se disponham a comparecer na Delegacia.


Importante: ainda são denúncias que estão sendo apuradas pela Polícia Civil. Não há confirmação de fatos definitivos neste momento. A DEDM, a delegacia responsável e a autoridade policial reforçam que quem tenha informações ou seja vítima, procure a delegacia para relatar o ocorrido. A investigação continua em andamento, com coleta de depoimentos, perícias nos aparelhos apreendidos e oitiva de outras testemunhas, para esclarecer os fatos e apurar responsabilidades.


Mais detalhes e atualizações serão publicados conforme o andamento das investigações.


O Plantão TGA não conseguiu contato com a defesa do professor e deixa o espaço aberto para possíveis esclarecimentos.

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