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Por valorização salarial, servidores aprovam indicativo de greve; Prefeitura alerta que gasto com folha de pagamento está no limite permitido por lei


Servidores durante assembleia que aprovou indicativo de greve (Foto: Reprodução)
Servidores durante assembleia que aprovou indicativo de greve (Foto: Reprodução)

O prefeito Vander Masson informou ao Plantão TGA que a folha de pagamento do Município já ultrapassou 48,60% da Receita Corrente Líquida, índice que coloca Tangará da Serra próximo do chamado limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Durante a semana o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSERP) realizou duas assembleias e decidiu entrar em estado indicativo de greve, autorizando também o encaminhamento de um dissídio coletivo à Justiça do Trabalho. Eles pedem valorização salarial e profissional da categoria.


"A folha de pagamento já está mais de 48,60 % da receita do Município, isso quer dizer que já está dentro do limite prudencial", disse o prefeito a nossa reportagem. Ele explica que o descumprimento da lei pode acarretar penalidades.


Esses percentuais são importantes porque a LRF estabelece limites para gastos com pessoal. Quando a despesa ultrapassa cerca de 48,6%, o município entra no limite de alerta. Já acima de 51,3%, atinge o limite prudencial, que restringe contratações, reajustes e outras ações que ampliem a folha. Na prática, significa que a gestão precisa ter mais cuidado com o orçamento, e isso pode influenciar no ritmo das negociações salariais.


Durante as assembleias do SSERP, o jurídico explicou que o dissídio coletivo é um caminho formal para manter o diálogo dentro da Justiça do Trabalho. Caso a Prefeitura aceite participar, será marcada uma audiência para tentativas de acordo. Se não houver interesse, o sindicato entende que isso legitima a continuidade do movimento e permite avançar para a greve, caso seja necessário. A aprovação do dissídio foi unânime entre os servidores presentes.


O presidente do SSERP, Willians Reis, reforçou que a categoria está buscando soluções de forma organizada e transparente. “O servidor quer ser ouvido. Estamos fazendo tudo dentro da lei, e o estado indicativo de greve é um passo para garantir que o diálogo continue”, afirmou. Enquanto isso, o dado apresentado pelo prefeito sobre o percentual da folha reforça que o município precisa equilibrar responsabilidade fiscal e as demandas dos trabalhadores.



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